Começa mais uma semana e o desafio de estimular a atenção e consciência das pessoas para aquilo que é valioso no seu trabalho: manter sua vida em segurança e ter oportunidades de aprender e evoluir a partir da sua experiência cotidiana.
O diálogo diário de segurança é um ritual poderoso que pode ser um nutridor da rotina de trabalho como um aliado à segurança e saúde das pessoas. O diálogo é uma das práticas fundamentais quando se fala em trabalhar o elemento humano e colocá-lo no centro. Sustentar esta prática no dia a dia como algo criativo, interessante, envolvente e que agregue valor ao trabalho das pessoas, no entanto, pode ser bastante desafiador para os líderes desse processo.
Várias estratégias são utilizadas para potencializar esse ritual e gerar mais engajamento e compartilhar de responsabilidades, tais como:
Além de outras tantas alternativas criativas que já operam em muitas indústrias, ofereço aqui três dicas úteis para aqueles facilitadores de DDS que acreditam que sustentar essa prática pode gerar cada vez mais consciência e autonomia nas pessoas da sua equipe:
1) Foque em 3 tópicos principais que você pode trabalhar com seu grupo.
Diante das numerosas perspectivas sobre informações a que todos tem acesso nos dias de hoje, é fundamental fazer recortes naqueles temas que precisam ser trabalhados com as equipes e focar no essencial. Busque filtrar sempre a comunicação em no máximo 3 tópicos e explore-os de forma simples e direta.
2) Movimentos diários criam hábitos – procure cultivar os bons.
Nossos movimentos mais naturais estão automatizados em nosso cérebro por uma questão de economia de energia e esses movimentos costumam se traduzir como hábitos no nosso cotidiano. Algo que fazemos quase sem pensar a respeito. Quando desejamos modificar algum hábito ou inserir um novo, o essencial é repeti-lo tantas vezes até que seja algo natural.
Buscar razões ou os benefícios que as pessoas podem ter nas práticas diárias conecta as pessoas aos seus objetivos e propósitos e pode auxiliar a sustentar a motivação e consequentemente a repetição da prática desejada.
3) Pratique diálogos – evite monólogos, discussões ou debates.
Tão importante, tão falado, tão simples de entender, mas tão pouco praticado, o diálogo é uma via de comunicação de mão dupla. Em que as pessoas expõem uma informação e se interessam em saber o que o outro escutou e como ele recebe e processa tal informação, num contínuo entre quem fala e quem escuta. Esse processo cria uma espiral de evolução para os temas, para as relações entre as pessoas que dificilmente pode ser substituído por outras modalidades de interação.
Monólogos (quando somente uma pessoa fala e a outra só escuta) tem poucas chances de gerar alguma consciência ou mudança de comportamento, pois não considera quem escuta como alguém que tem opinião e que pode refletir e se manifestar. E nos debates ou discussões, em geral, há uma via de mão dupla, mas que está contaminada por apegos intelectuais ou por forte emoção.
Vamos estar atentos para forma como conversamos com as pessoas e praticar mais o diálogo?
Fica aqui o convite para experimentar ou reforçar estas práticas no seu dia a dia para que o DDS continue sendo um momento interessante para todos os envolvidos e para que auxilie na consciência de cada um para tomar decisões cada vez mais seguras, protegendo a vida.