Burn out. Insônia. Estresse. Ansiedade.
Esses são apenas alguns dos termos que passaram a estar ainda mais presentes na nossa realidade em tempos de pandemia.
Celebramos o Dia do Trabalho, uma data em que precisamos falar sobre saúde mental e sobre como a busca das empresas em fornecer bem-estar para suas equipes já não é mais apenas um benefício – é um fator indispensável.
Sabe como é: nem sempre a saúde mental ocupou a lista de prioridades. Em muitos momentos, o tema foi tratado com preconceito e sempre deixado para depois. Porém, a partir do instante em que a sociedade passou a falar mais sobre o assunto, começou a ser normalizada a ideia de que saúde mental e eficácia, crescimento e produtividade andam juntos.
Mas por onde começar?
Não existe uma fórmula exata. Cada empresa pode e deve avaliar seus próprios cenários para entender quais mudanças internas favorecem o dia a dia de seus times.
Exercícios físicos online, psicoterapia, rodas de conversa, telemedicina e acordos de trabalhos flexíveis são algumas das alternativas que muitas empresas passaram a considerar para fortalecer as pessoas nesse momento tão difícil e para diminuir quadros de ansiedade e outros problemas que podem vir a acontecer diante de uma grande ruptura em nossas rotinas. Afinal, estamos falando de rotinas absolutamente transformadas, seja para quem adotou o home office ou para quem precisou se adaptar às novas regras trabalhando presencialmente.
Home office. Como lidar?
De acordo com uma pesquisa da IPSOS para o Fórum Econômico Mundial, 48% dos brasileiros sentiram-se sozinhos enquanto trabalhavam em casa. E mais: 50% tiveram dificuldade em equilibrar vida-trabalho. Ao mesmo tempo em que o home office é um modelo que permite uma série de flexibilidades, ele também confunde alguns limites e pode alterar em peso nossa rotina.
As empresas precisam acolher. Um acolhimento que pode ser colocado em prática por meio de uma variedade de iniciativas, entre elas momentos de escuta ativa e relacionamentos saudáveis com gestores. Esses líderes precisam saber reconhecer quando a pessoa precisa ser ajudada, ouvida e acolhida.
Mas e quem vai trabalhar presencialmente?
É engano pensar que as pessoas que seguem trabalhando presencialmente não estão vivendo estresse e sofrimento mental. Essas pessoas estão mais expostas ao risco de contágio por Covid19 e em sua maioria estão submetidos a uma série de mudanças na rotina que vai da aferição de temperatura diária, distanciamento das pessoas no local de trabalho, no refeitório, até a necessidade de compensar o trabalho que era feito por colegas que estão afastados.
Sem falar da preocupação com a família, o medo de levar o vírus para sua casa e o medo de ficar desempregado. Todo esse cenário traz sofrimento psíquico, que pode estar camuflado por uma falsa sensação de que a sua rotina foi pouco afetada.
A crise sanitária exige que as empresas cuidem da saúde mental de suas equipes como um todo, construindo ambientes corporativos que representam lugares seguros para as pessoas compartilharem suas emoções e dificuldades.
A importância de criar conexão
Com o acompanhamento das iniciativas de saúde mental, as empresas reduzem os níveis de estresse e valorizam o que há de mais importante: as pessoas.
Além disso, de acordo com a OMS, trabalhos preventivos e diagnósticos precoces também têm valor na questão econômica: a cada US$1 investido em saúde mental, existe o retorno de US$5 em produtividade.
Vamos construir empresas psicologicamente saudáveis?
Afinal, elas contribuem para formar equipes felizes, produtivas e equilibradas. O autocuidado e o cuidado com as pessoas ao nosso redor nos dão força para enfrentar esse momento com mais empatia, força e conexão.