Gestão de consequências é um tema tabu nas organizações. Todos têm receio em tomar ações que envolvam esta temática e por este motivo, muitas vezes os profissionais não se aprofundam no entendimento mais consistente sobre o que de fato é a gestão de consequências.
Esta prática no entanto nada mais é do que a empresa determinar uma administração mais clara, padronizada e divulgada sobre quais as consequências seus empregados terão quando realizarem determinados comportamentos dentro da empresa.
Obviamente não é possível determinar consequências específicas para todos os comportamentos emitidos, mas é fundamental deixar claro quais são aqueles comportamentos esperados dentro da organização e quais aqueles que não serão tolerados. Isso faz parte do processo de educação de líderes e empregados. Uma vez que há clareza de como é esperado que os líderes atuem para valorizar aqueles que atuam de forma segura e para corrigir aqueles que agem de forma insegura, a organização aprende e consegue evoluir em resultados e na cultura.
Determinar uma política clara de gestão de consequências dentro de uma organização pode auxiliar, em muito para que as pessoas realizem seu trabalho do modo como a empresa espera. E não ter essa política delimitada e expressa, faz com que cada um siga parâmetros próprios de atuação, baseados naquilo que a sua percepção é capaz de compreender por meio da sua interpretação das consequências que recebe no seu dia-a-dia. Ou seja: a empresa que não apresenta uma política de gestão de consequências, mesmo assim a vivência, mas de maneira desordenada, caótica e que pode trazer resultados não desejáveis.
Uma política de gestão de consequências é mais um instrumento de educação e precisa sempre estimular os comportamentos desejáveis dentro de determinada organização. Para isso, é fundamental que sejam desenhadas e pensadas consequências tanto para quando as pessoas têm comportamentos esperados – reconhecimentos, como para quando elas apresentam comportamentos indesejados – sanções.
É comum identificar nas organizações muitas sanções e correções realizadas de forma aleatória, sem um sistema de consequências estruturado que há muita dificuldade ainda hoje, em definir os comportamentos esperados e de realizar o trabalho de análise de cada caso na profundidade que se exige, para aplicar sanções de forma adequada.
Em virtude dos fatos mencionados, a gestão de consequências pode ser uma excelente ferramenta para moldar os comportamentos seguros na organização.
O importante é poder tratar o assunto de forma estruturada, clara e bem comunicada a todos os envolvidos, sem deixar de dar atenção tanto para correções e sanções como ao reconhecimento de comportamentos esperados.
E você? Como tem feito a gestão de consequências na sua organização?
