Hoje é Dia do RH e, para celebrar essa data tão importante, fizemos uma entrevista com uma profissional incrível da área. Ela é especialista em gestão estratégica de pessoas e conta com uma carreira com mais de 16 anos em empresas multinacionais. Curiosa, atualizada e eterna pesquisadora do comportamento humano, Deise Cristina Branco da Silva falou com a Unika sobre performance, felicidade no trabalho e integração do RH com segurança.
“As pessoas vêm primeiro. É preciso pensar na experiência do colaborador como um todo.”
Essa é uma das frases ditas por Deise, em uma conversa que nos ajudou a ampliar ainda mais nosso entendimento sobre o cuidado humano no ambiente de trabalho. Formada em administração e especialista em gestão estratégica de pessoas, Deise Cristina Branco da Silva já fez história em seus mais de 16 anos atuando em multinacionais. Também formada em coaching executivo e neurocoaching, a profissional entende que uma empresa humanizada é aquela que tem como valor o cuidado legítimo.
“A empresa que eu trabalho é considerada uma das mais humanizadas do país. Eu vejo isso na prática, sendo transformado em valor. Faz toda a diferença quando a organização cuida do colaborador como indivíduo, como ser único.”
Para Deise, empresas e lideranças precisam pensar na experiência do colaborador como um todo. Como sua equipe entrou na organização? Como está sendo esse ciclo? Como vai o engajamento? E na saída, como seus colaboradores se sentem? Entender a jornada completa faz parte de um pensamento estratégico, que prioriza a humanidade e as lideranças capazes de agir com base na cultura do cuidado.
A profissional se dedica a nunca parar de aprender. Na sua rotina ela incorpora estudos sobre neurociência, alta performance, felicidade no trabalho, cultura de paz e mediação de conflitos. Ao ser perguntada sobre a importância da integração entre as áreas de Segurança e de Recursos Humanos, Deise respondeu com propriedade:
“Eu já vivi os dois lados. Com 15 anos em RH e 7 como educadora de segurança, sempre vi nessa integração oportunidades para formar alianças. Precisamos entender que a cultura de segurança está associada à cultura organizacional. É por isso que uma liderança forte é aquela liderança que se preocupa com segurança.”
Tanta experiência, talento e dedicação merecem ser compartilhados. É por isso que Deise conta pra gente 3 dicas essenciais para quem está começando a conectar os aspectos humanos à segurança do trabalho:
#1 Amplie sua visão
Entender que as falhas de segurança acontecem por falhas humanas é uma grande armadilha. De acordo com Deise, empresas que acreditam nisso precisam urgentemente revisitar seus olhares. É preciso buscar outras disciplinas para mergulhar nesse assunto, como educação, neurociência, psicologia e filosofia. Ao multiplicar esse conhecimento sobre comportamento humano, é possível ter uma visão mais completa sobre todos os acontecimentos relacionados à segurança.
#2 Investigue
Para ter uma cultura prevencionista na organização, é primordial entender o contexto de cada acidente. Classificar 10 acidentes sob a mesma perspectiva impede o real entendimento da situação. É preciso observar as raízes, treinar a escuta ativa e incorporar no dia a dia o fato de que cada pessoa é única.
#3 Circule
Deise lembra da teoria do Iceberg: “10% do comportamento é aquilo que é visível, que se expõe. Todo o resto é feito de comportamentos invisíveis, aqueles que a gente não vê e que de fato incentivam e levam a determinadas atitudes e acontecimentos.” Para ter essa visão mais completa é fundamental conversar com as pessoas, examinar as queixas, circular, ser acessível e estar aberta para o outro.
E aí, como você pode incorporar tudo isso na sua rotina? Nós da Unika agradecemos a Deise por compartilhar tantas experiências e por oferecer dicas tão preciosas. Cada vez mais, estamos conectando a cultura de segurança com gestões, líderes e práticas organizacionais. Tudo ganha mais força quando renovamos nossos olhares e quando caminhamos juntos rumo a ambientes de trabalho mais seguros, próximos e conectados.