Você sabia que autonomia é um termo de origem grega? Seu significado está relacionado com independência, liberdade ou autossuficiência. Para entender melhor, podemos usar o seu antônimo que é a palavra heteronomia, que significa dependência, submissão ou subordinação. 

Por meio de um processo de autoconsciência e de ampliação dos conhecimentos sobre aquilo que envolve o trabalho das pessoas, acredito que é possível desenvolver a capacidade de escolhas mais racionais e seguras por parte das pessoas. E este é o propósito da Unika Psicologia: apoiar pessoas e organizações a desenvolver a consciência e a autonomia de líderes e colaboradores para que, por meio disso, sejam capazes de impactar a Cultura de Segurança. 

Parece simples, mas é altamente complexo.

Taí um grande desafio: modificar um padrão comportamental e psicológico de dependência que grande parte das pessoas apresenta e que é absolutamente natural, em função de uma necessidade básica de se sentirem aceitas pelos grupos e socialmente integradas – o que também é chamado de conformidade social. 

Para que alguém se sinta psicologicamente seguro e confortável é natural que imite os comportamentos mais frequentes dentro de um determinado contexto social/ambiente, sem colocar muita crítica sobre o que estão fazendo. 

O pensamento padrão é: se todo mundo está fazendo, por que fazer diferente? O que do ponto de vista biológico e das neurociências também se justifica, pois isso economiza energia do corpo e da mente. 

Portanto, desenvolver a autonomia passa por algumas etapas que não são exatamente fáceis ou rápidas. Do ponto de vista da minha experiência eu traduziria em alguns passos:

#1 Autoconhecimento

Cada pessoa e cada profissional, precisa conhecer suas potencialidades e seus pontos de vulnerabilidade – entendendo que tudo isso pode ser aprimorado. Não existem aspectos que não possam ser melhorados à luz da consciência e da vontade, do desejo de ser melhor. Assumir e acolher nossas vulnerabilidades é um dos passos mais importantes para que isso aconteça. E muitas vezes vamos precisar de outras pessoas para poder perceber em nós as nossas limitações. O exercício de autorreflexão nem sempre será muito honesto conosco, daí a importância de estarmos em ambientes de confiança em que possamos contar com a integridade e transparência de outras pessoas. 

#2 Conhecimento dos processos e conceitos

Ter vivenciado determinados processos de trabalho (em diferentes áreas como planejamento, compras, manutenção, qualidade e produção) e estudado tecnicamente como esses processos podem ser mais eficazes é parte essencial para desenvolver o senso crítico das pessoas autônomas. É o senso crítico que irá possibilitar que uma pessoa não siga a tendência de uma imitação pura e simples de comportamentos. 

#3 Experimentação prática

É sobre estar aberto para testar novas formas de fazer o trabalho, de experimentar diferentes processos e de prototipar variadas fórmulas de modo controlado, mantendo-se atento aos resultados que podem ser gerados. 

A partir destas experiências, é promovida uma carga de responsabilização pelas ações e escolhas realizadas. Essa é uma maneira de desenvolver autonomia que as pessoas adoram e que as organizações deveriam criar mais espaço e oportunidade para que elas vivenciem. Pois nessas ocasiões as pessoas efetivamente sentem que aquilo que estão realizando tem utilidade e que são valorizadas por isso. E isso constrói a autonomia.

Nesse sentido, pode-se dizer que o envolvimento das pessoas dentro dos processos de trabalho, utilizando sua criatividade, suas potencialidades, seus conhecimentos sobre os problemas e apoiando a ampliação de sua visão de mundo por meio de conhecimentos mais consistentes, é um caminho possível para desenvolver a desejada autonomia dos profissionais. 

As Jornadas de Aprendizagem da Unika foram construídas com esse propósito: apoiar as empresas a desenvolver a autonomia dentro dos temas que envolvem o comportamento humano e a segurança do trabalho. Saiba mais no site: www.unikapsicologia.com.br