Um dia, acidentes organizacionais já foram vistos apenas como fatalidades. Acontece que os tempos mudaram, a sociedade se tornou mais complexa e, com o passar dos anos, o objetivo único de “evitar falhas” se ampliou.
E quando a gente fala sobre ampliar, não é apenas sobre aumentar técnicas, procedimentos e protocolos. É sobre contar com uma série de pensadores e teorias que mostraram para o mundo a importância do comportamento humano dentro da segurança.
Hoje vamos conhecer um pouquinho sobre essa jornada expansiva, que tem ajudado empresas do mundo inteiro a ressignificarem o que entendem sobre o assunto.
James Reason e seu queijo suíço
Um acidente acontece e o membro da equipe é culpabilizado por não ter seguido o procedimento da forma mais correta. Acontece que estamos falando de seres humanos: seres complexos e que, de acordo com os estudos de Reason, têm a tendência de falhar. Suas análises ampliaram a conversa sobre o assunto, mas ainda focaram na minimização de erros dentro das organizações.
Geller e o cuidado ativo
Em sua vida acadêmica, Scott Geller foi fundo no conceito de cuidado ativo. Seus estudos focaram na construção dos resultados de segurança feito por meio das pessoas. Ou seja: é uma questão coletiva. A partir disso, a conversa só ganhou mais forma através de outros estudiosos como Thomas Krause, que abordou a temática de que o comportamento das pessoas não se trata apenas de escolhas. Mas sim, de uma série de outros fatores como o contexto social, organizacional, físico e psicológico.
Será que o comportamento de uma pessoa não é criado a partir:
_do momento de mundo em que vivemos?
_de possíveis problemas enfrentados em seus contextos sociais?
_da sua saúde e disposição física?
_de uma série de outros fatores provenientes do ambiente?
Ao mergulhar nesse estudos, encontramos também pesquisadores como Hollnagel, psicólogo e estudioso da Engenharia da Resiliência, que analisa o funcionamento da organização por meio de 4 habilidades principais:
_como a empresa responde
_monitora
_aprende
_antecipa aos riscos
Com uma abordagem resiliente e flexível, o foco da gestão de segurança deixa de “impedir que algo dê errado” e passa a “compreender o que dá certo”. A partir disso, pessoas passam a ser os identificadores de problemas – e não os causadores – e a organização entende a segurança não mais como um impedidor de coisas ruins, mas sim, uma garantia de bons resultados dentro de ambientes que estão em constante mutação.
O fato é: junto com seu time, você pode mudar e evoluir a cultura de segurança da sua empresa. Isso pode ser feito coletivamente e tudo começa pelo conhecimento.
O início do entendimento de como atuar para mudança de comportamento e cultura nas organizações você acessa da Jornada SOLO. Vem saber mais aqui: unikapsicologia.com.br/curso/solo