Evolução da Cultura de Segurança

A Unika compreende a evolução da Cultura de Segurança com base  no conceito desenvolvido pelo Energy Institute na construção do Programa Corações e Mentes (Hearts and Minds). O projeto apresenta um estudo detalhado de Cultura de SSMA e seus possíveis níveis de maturidade. Esta análiseestá disponível ao público e pode ser acessada por meio do site: www.energyinst.org/heartsandminds.

 

No programa, os níveis de maturidade de Cultura são apresentados como uma escada evolutiva, não mais como um gráfico em curva descendente – utilizado na famosa Curva de Bradley –  como pode ser observado na figura a seguir:

 

ESCADA EVOLUTIVA DA CULTURA DE SEGURANÇA DO PROGRAMA CORAÇÕES E MENTES

 

 

 

Neste programa, a Cultura Organizacional é apresentada como uma escada evolutiva, em que cada nível possui características distintas e é uma progressão do anterior. Isso quer dizer que, à medida em que a Cultura se consolida em um dos degraus evolutivos, todo o aprendizado e os ganhos conquistados não se perdem e são levados para o próximo estágio. Veja a descrição de cada um dos níveis evolutivos:

 

Patológico: nível em que as pessoas não se preocupam com a segurança ou com os aspectos preventivos. Se orientam somente para atender a legislação e se empenham em não serem “pegas” descumprindo regras. É comum ouvir afirmações do tipo: “Claro que temos acidentes, este é um negócio perigoso”.

 

Reativo: é o nível em que a segurança é levada a sério, apesar de só receber atenção suficiente depois que algo deu errado. As seguintes frases são frequentes falas dos líderes: “Se os empregados fizessem como eu falei, não teria acontecido”; “Precisamos fazer as pessoas obedecerem as regras.” Por outro lado, ouve-se dos empregados: “Mas o técnico de segurança passou aqui e não disse nada”; “Foi meu supervisou que falou que tínhamos que agilizar para entregar até as 13 horas”. O que demonstra um padrão de dependência e co-dependência clara neste nível de maturidade cultural.

 

Calculista: neste nível a organização se sente confortável em relação ao sistema e aos números. O modelo de gestão está bem implantado e os líderes frequentemente conversam com os empregados sobre a importância da segurança, apesar de sua atenção estar normalmente voltada para a conformidade no atendimento de regras simples. Nestes casos, o objetivo é demonstrar que a segurança é levada a sério. Existe uma ênfase na coleta de estatísticas com bônus vinculados a elas. E de fato o bom funcionamento do sistema estimula os comportamentos adequados dentro de empresas com este nível cultural. E as empresas terceirizadas são escolhidas por seus resultados e não somente por serem mais baratas. Muitos dados são coletados e analisados, as pessoas se sentem à vontade para fazer alterações em procedimentos e processos. Há muitas auditorias. Quando algo dá errado, a equipe se surpreende porque considera que o sistema deveria ter funcionado, evitando perdas.

 

Proativo: neste nível a organização volta a sua atenção para o futuro e não para dados do passado. Os empregados se envolvem na prática com as questões de segurança. O desempenho global em segurança é levado em consideração para promoções e reconhecimentos. Os líderes tratam a segurança como um valor e todas as decisões se baseiam em Saúde, Segurança e Meio Ambiente. A equipe voltada aos processos se pergunta: “Estamos fazendo a coisa certa?”, ao invés de focar nos acidentes.

 

No nível proativo os gestores conhecem a sua organização e sabem onde residem os problemas, bem como os empregados compreendem o que é esperado deles. Gestores e empregados estão em sintonia nas questões de segurança por meio de uma confiança bidirecional desenvolvida ao longo do tempo, o que os permite não recorrer tanto à burocracia e as redundâncias. A divisão de trabalho é menos sofrida porque os empregados estão dispostos a assumir responsabilidades.

 

Generativo: neste nível se encontram as organizações sustentáveis e de alta confiança. Normalmente são negócios que apresentam um processo de baixa variabilidade, o que confere uma característica de confiabilidade operacional.  São empresas que sabem que o bom resultado de SSMA é um indicador de bom desempenho nos negócios. Elas definem os mais altos padrões ao invés de somente atender à conformidade legal. São extremamente honestas em relação aos fracassos e usam isso para melhorar e não para identificar culpados. Os gestores sabem realmente o que acontece porque a força de trabalho deseja informá-los. O respeito pelas pessoas está implícito em todas as decisões. Os empregados estão sempre atentos, precavidos para o que pode dar de errado, estudando novas possibilidades preventivas e treinando respostas constantemente.

 

Dentro de um processo diagnóstico de cultura são avaliadas 7 dimensões que podem ou não estar presentes na organização:

  1. Liderança e comprometimento
  2. Política e objetivos estratégicos
  3. Responsabilidades, recursos e padrões
  4. Gestão de perigos e riscos
  5. Procedimentos
  6. Implantação e monitoramento de ações e iniciativas
  7. Auditorias/ Sistema de gestão

 

Para cada uma das dimensões são coletadas percepções de grupos homogêneos por nível hierárquico, além de análise documental e observaçãoativa em campo. Mais do que compreender as ações implantadas em cada dimensão, a coleta de dados visa compreender o padrão de comportamento predominante na prática de cada ação, decisão, iniciativa e/ou ferramenta de gestão.

 

Os resultados do diagnóstico indicam como está o nível de maturidade de cultura e sugerem ações para avanço em cada uma das dimensões.

 

Ficou interessado em realizar um processo diagnóstico da Cultura de Segurança da sua empresa? Fale com a gente.